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Diga não à alienação parental




Ser pai ou mãe pode ser uma das experiências mais gratificantes da vida de uma pessoa e é sem dúvida um dos mais importantes papeis que alguém pode desempenhar. Estar presente e fazer a diferença na vida de um filho, educar, transmitir valores, ajudar no desenvolvimento da identidade, proteger e autonomizar...tudo papéis inerentes ao ser pai e mãe.


Felizmente os pais têm vindo a conquistar um papel cada vez maior na vida dos seus filhos, estando cada vez mais presentes na sua educação e, a parentalidade é um papel que os pais parecem já não estar dispostos a abdicar.

Contudo, se por um lado temos um maior envolvimento da figura paternal, temos por outro lado uma taxa de divórcio e separação cada vez mais elevada, o que muitas vezes conduz ao conflito e ao afastamento dos filhos.


Quando os filhos são usados como arma de vingança contra o outro após o fim da relação de casal, estamos perante o crime de alienação parental. Manipular os filhos de modo a atingir o outro é um ato de violência não apenas contra o progenitor mas igualmente contra a própria criança que vê afetada a sua relação com a figura parental. Uma das formas mais comuns de alienação parental é denegrir a imagem do outro progenitor.


Estas situações são muito comuns após a separação, ficando os pais privados de desempenhar e usufruir da sua parentalidade na totalidade, estando limitados a regras rígidas para estar com os seus filhos, não podendo simplesmente fazer parte da vida deles em pleno.

Ser pai ou mãe deveria ser mais do que um fim de semana quinzenal, mas por vezes até isso é dificultado, quando pais e filhos têm todo o direito a partilharem momentos. Ao privar os pais ou mães de estarem com os seus filhos, estamos igualmente a privar os filhos da presença deles e, se o pretendido é o bem-estar dos filhos, esta relação deve ser facilitada.


Consequências da alienação parental

- Quanto mais tempo a criança for exposta à alienação parental maior será o dano

- Comportamentos disfuncionais, medos, raiva ou agressividade

- Distanciamento da figura parental alvo da alienação parental

- Perda de uma relação afetiva essencial ao desenvolvimento infantil

- Psicossomatizações e doenças frequentes

- Ansiedade e depressão

- Baixa autoestima

- Sentimentos de culpa

- Estabelecimento de relações interpessoais futuras mais dificultado


Como evitar?

- Fazer um bom processo de separação/divórcio

- Manter uma relação cordial

- Separar os atritos de casal/ex-casal da relação pais/filhos

- Colocar o bem-estar das crianças à frente dos conflitos pessoais

- Não falar mal do outro à criança

- Não manipular no sentido de que a criança não queira estar com o pai

- Não dificultar a estadias em casa do outro

- Não falar com a criança sobre os detalhes da separação

- Manter contacto permanente com o filho

- Transmitir confiança e manter um comportamento coerente

- Em última instância poderá ser necessário recorrer à via judicial com intuito de por fim aos comportamentos de alienação parental.

Assim, é preciso que haja um maior esforço de pai e mãe em benefício dos seus filhos. Sejam presentes (mesmo à distância) e não dificultem a relação com a outra figura parental.

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