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Timidez nas crianças

Atualizado: 18 de mar. de 2018


Já deve ter observado o seu filho a ficar mais tímido ou retraído ou determinadas situações diárias. Na verdade, todos nós podemos ser um pouco tímidos, ainda que isso não nos caraterize. A timidez aliás é considerada adaptativa, na medida em que nos protege, por exemplo, de agirmos de forma impulsiva em alguns momentos. Esta é a timidez boa, que nos beneficia.


Mas nem sempre é assim e habitualmente é cometido o erro de normalizar ou até mesmo desvalorizar o assunto nos nossos filhos, “com a idade isso passa.” ou “é só agora nesta fase.”

Esteja atento ao seu filho e reconsidere se a introversão está a prejudicar o seu desenvolvimento, está a criar dificuldades emocionais, como por exemplo choro fácil ou angústia na ida para a escola, e se a timidez está a interferir nos seus relacionamentos sociais.


Para além destas limitações, a timidez não saudável provoca também muitas vezes o aparecimento de ansiedade, por exemplo a testes escolares, como resultado constante do stress vivenciado e inibição comportamental. A ansiedade, a insegurança, para além de prejudicarem o dia-a-dia do seu filho, podem levar ao desenvolvimento de caraterísticas de personalidade que não serão benéficas em adulto, pelo que a psicologia poderá ter um papel importante na dessensibilização destes estados emocionais, prevenção de quadros de ansiedade e também na promoção de habilidades socio-emocionais, de forma a combater as dificuldades sociais.


Os pais têm também um papel muito relevante e podem ajudar os filhos a superar a timidez. Tenha uma relação segura com eles, faça-os perceber que mesmo que algo corra mal, está lá para eles. Não seja autoritário uma vez que isso deixa pouco espaço para a compreensão, tente sim conversar com eles e perceber os seus medos e inseguranças. Por outro lado, não seja superprotetor, de forma a que possibilite ao seu filho o desenvolvimento das suas próprias experiências. Nesta lógica, deixe que ele se envolva em determinadas atividades, nunca o forçando, mas sim tentando negociar e acompanhar. Em família pode também haver lugar a programas de cinema, teatro, música, dando o exemplo. É muito importante também dar espaço e tempo ao seu filho e respeitar a sua forma de ser. Não o exponha perante os outros, fazendo reparos ou dando destaque a caraterísticas pessoais ou comportamentos, como por exemplo “o gato comeu-te a língua?”. Se reparar vai ver que, na maior parte das vezes, o efeito é o contrário do que pretende e torna-se um momento constrangedor para o seu filho, aliado a um aumento da ansiedade.


Tenha boas expetativas em relação ao seu filho, aplauda as suas conquitas e seja fonte de bem-estar e confiança!

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