O divórcio tem sofrido conotações distintas ao longo do tempo, havendo atualmente uma maior aceitação. É sempre um momento de crise, mas que não implica necessariamente disfunção. Contudo, mesmo nos divórcios mais “fáceis”, haverá crise, desorganização e recuperação.
A maioria dos adultos parece recuperar totalmente o seu funcionamento 2 ou 3 anos após o divórcio, embora possam manter-se memórias tristes e dolorosas. Os primeiros 6 meses tendem a ser agitados e centrados em questões de organização. Depois dos 6 meses ou 1 ano, geralmente, surge uma fase mais dolorosa; algumas pessoas sentem um retrocesso, porque passada a fase de organização, veem-se de facto confrontados com a realidade da mudança.
O divórcio marca o percurso de vida de todos os intervenientes, ou seja, não só dos elementos do casal, mas também de cada filho. Mas o maior fator de risco para as crianças é o conflito, quer os pais permaneçam casados ou se divorciem.
O bem-estar da criança está altamente relacionado com a forma como os adultos comunicam e funcionam. A adaptação dos filhos demora em média 1 ano, mas em situações de elevado conflito há maior risco de problemas emocionais, comportamentais e abuso de substâncias.
O que é a Terapia de Divórcio?
A Terapia de Divórcio destina-se a casais com filhos, porque apesar de a relação terminar, terão de continuar a contactar.
O objetivo da Terapia de Divórcio será ajudar cada elemento do casal a pensar sobre o que estão a viver e a melhor forma de se organizarem. Muitas vezes, o problema não está em nenhum dos elementos do casal, mas na dinâmica que criaram entre si.
Em Terapia de Divórcio, as sessões poderão ser conjuntas ou individuais (com cada elemento separadamente), dependendo do conflito e relação que mantém.
Na fase de separação as crianças são afetadas a nível emocional e comportamental (podem sentir tristeza, culpa, medo, incerteza, podem estar mais agressivas ou apresentarem comportamentos disruptivos) e é necessário que os pais consigam ajudar os filhos a ultrapassar estas dificuldades (apesar de também eles atravessarem um momento difícil).
Sendo o divórcio um dos acontecimentos mais perturbadores para a família, o importante é ajudar os intervenientes a lidar com a situação da forma menos dolorosa para todos (pais e filhos).
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