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Será que o meu filho deve ir ao Psicólogo?

Por vezes cai-se no erro de achar que as crianças não compreendem o que se está a passar à sua volta, e que não percebem algumas situações como separações, discussões, ou outros comportamentos e eventos negativos. Engane-se quem o pensa, uma vez que situações como estas podem afetar significativamente a criança, podendo até originar repercussões negativas no futuro. É na infância e adolescência que a personalidade começa a ser formada e estas fases irão impactar diretamente o desenvolvimento da fase adulta.


A Psicologia Infantil é importante para identificar possíveis conflitos, inseguranças e medos que estejam a ocorrer nas crianças. A nossa visão do mundo é influenciada, primeiramente, pelo meio circundante na nossa infância e pelos modelos que observamos nesta fase, assim como também é fruto das experiências significativas que surgem.


É importante clarificar que quando os pais recorrem a ajuda psicoterapêutica não significa, de todo, que não são competentes o suficiente para lidar com estas questões, mas sim que precisam do apoio de um técnico especializado para que o seu filho enfrente as adversidades da forma mais saudável e adaptativa possível.



Como funciona?

Inicialmente será necessário haver um primeiro encontro com os pais para perceber a razão pela qual decidiram iniciar o processo terapêutico, sendo necessário recolher informações importantes sobre a história da criança, assim como para perceber a dinâmica familiar. Deste modo, os pais ou cuidadores primários participam ativamente no processo terapêutico, uma vez que desempenham um papel importantíssimo na exploração de conflitos que possam existir na criança, havendo uma comunicação frequente entre a família direta e o psicólogo.

Nas sessões em que o psicólogo estiver só com a criança, são utilizados vários recursos para intervir de forma lúdica, uma vez que as crianças têm tendência a ter dificuldades na expressão emocional, sendo por isso importante recorrer a brincadeiras, jogos e desenhos com o intuito de compreender o comportamento e intervir nas questões e conflitos necessários.


Em que casos específicos é que se deve recorrer à Psicologia Infantil?

- Bullying e dificuldades de adaptação;

- Ansiedade excessiva e sintomas depressivos;

- Situações familiares impactantes, lutos, perdas significativas e separações;

- Dificuldades na fala;

- Medos excessivos e fobias;

- Dificuldades em expressar emoções;

- Medo excessivo de ficar sozinho ou sem o cuidador primário;

- Enurese (perda involuntária de urina durante o sono) e encoprese (incontinência fecal);

- Mudança no comportamento;

- Agressividade, isolamento, birras ou timidez excessiva;

- Dificuldades de concentração e escolares;

- Recusa em ir à escola;

- Perturbações do comportamento alimentar.


Em suma, gostava de utilizar uma metáfora para que possa reter a seguinte ideia: quanto mais cedo começarmos a curar uma ferida, mais rápido ela vai sarar – o mesmo acontece com questões do foro psicológico. Quando a ferida começa a infecionar, vai levar mais tempo a sarar. Esta é uma excelente comparação para utilizarmos com as “feridas psicológicas”, que não “saradas” poderão despoletar perturbações psicológicas, que são muito mais difíceis de sarar e tratar. Por esse motivo é que a intervenção precoce é muito importante.

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