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Que exercícios posso fazer em casa para manter o meu cérebro ativo?

Atualizado: 6 de jun. de 2023

Uma das questões que nos deparamos nos dias em que vivemos é se nos temos mantido ativos. Sabemos que o teletrabalho e a situação de confinamento vivida nos levou a ter hábitos mais sedentários por força maior mas, ainda assim, somos incentivados a ser produtivos, a fazer exercício físico, a alimentar-nos bem, a estarmos em contacto uns com os outros pelas redes sociais…


Bem, tudo isso é um desafio e manter-nos produtivos nem sempre é fácil quando vivemos em tempos de crise. No entanto, é sim importante que não deixemos de descuidar da nossa saúde física e psicológica.


O nosso cérebro, tal como todos os músculos do nosso corpo, beneficia em ser exercitado. A capacidade de plasticidade cerebral que detemos é estimulada através do treino. Por sua vez, esta capacidade permite-nos adaptar às diferentes circunstâncias de vida, mesmo em condições mais stressantes (doença, lesão cerebral, etc). Para além disso, permite-nos adquirir novos conhecimentos, mesmo em idades mais avançadas. Um cérebro saudável, que se exercita e se mantém em atividades estimulantes, ativa diferentes redes neuronais, aumentando assim a conetividade cerebral, responsável pela ativação de informação armazenada e aquisição de novos conhecimentos.


E como é que podemos continuar ativos, mesmo quando não temos atividades suficientemente estimulantes em casa? Por vezes é uma questão de criatividade. A renovação de um espaço da casa, o concerto de um objeto ou o retomar de tarefas que ficaram por resolver, por exigirem mais tempo e paciência ou, até mesmo, pintar, desenhar, ler, escrever, poderão ser algumas atividades a desenvolver. Simples tarefas do nosso dia-a-dia poderão ser um exercício de estimulação cognitiva, desde que exijam foco de forma a dirigir a nossa atenção. Por sua vez, o planeamento da execução e a concretização da mesma, ativará diferentes circuitos cerebrais que poderão envolver ação motora, memória, orientação visuo-espacial, funções executivas entre outras.

Podemos também procurar atividades de estimulação cognitiva mais lúdicas, como sopa de letras, leitura de jornais, puzzles, jogos de tabuleiro, videojogos... Estas atividades não têm necessariamente que ter um nível de dificuldade elevado, simplesmente deverão ser suficientemente estimulantes que nos permita manter o nosso interesse em permanecer na tarefa.


Estas atividades são, sobretudo, muito importantes, para a população que se encontra mais limitada nas suas atividades de vida diária e que estarão mais tempo em casa, nomeadamente, população sénior.


O envelhecimento normal é acompanhado por uma série de alterações no funcionamento cognitivo, em especial na memória, o que torna ainda mais importante a existência de atividades de estimulação cerebral. Um cérebro ativo é um cérebro saudável e, portanto, contribuirá para prevenir/retardar tais alterações.


Deste modo, alguns exercícios que podem também ser aconselhados a praticar, poderá ser através de um caderno de atividades. A Alzheimer Portugal, entre outras instituições, lançou neste período COVID-19, cadernos de estimulação e criatividade acessíveis a toda a população, ao qual proponho a visita neste link. São ótimos exemplos de exercícios que poderá fazer e não existe idade para começar a fazê-los.


Exercitar o cérebro, mantendo-se ativo é o melhor anti-envelhecimento que o nosso cérebro pode receber!



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