A Psicoterapia é uma forma de intervenção terapêutica que procura ajudar a resolver questões emocionais, quer seja em termos individuais (terapia individual) ou familiares (terapia de casal; terapia familiar).
Muitos anos volvidos desde o início desta prática clínica, ainda subsiste algum preconceito face à ideia de procurar uma ajuda psicológica, pelo que é fundamental reforçar que fazer psicoterapia não é sinal de doença mental! Muitas pessoas que procuram um psicólogo, têm uma vida dita “normal” (trabalham, estudam, namoram, têm amigos…).
Mas a vida é cheia de desafios, pessoais (casamento, filhos, divórcio) e profissionais (mudança de emprego, desemprego, exigências profissionais), que colocam a todos muita pressão, surgindo por vezes sintomas físicos ou psicológicos, que perturbam o bem-estar do indivíduo e a manutenção de relações harmoniosas com quem o rodeia.
Muitas vezes deparo-me no meu trabalho, com pessoas que me dizem que adiaram a marcação da consulta, porque estavam a tentar ultrapassar sozinhas a dificuldade que sentiam, como se procurar um psicólogo fosse sinal de fraqueza ou de fragilidade emocional.
Fazer psicoterapia é ter a possibilidade de refletir acompanhado. É ter a possibilidade de rever a sua história de vida, em conjunto com alguém que tem conhecimentos técnicos para o efeito, mas também o distanciamento que permite observar certos detalhes, que à própria pessoa poderão passar despercebidos, por estar “dentro” da situação (do conflito intra ou interpessoal).
Através da psicoterapia é possível perceber o porquê de certas características de personalidade, de modo que a pessoa possa usufruir de todo o seu potencial e não fique centrada nas suas dificuldades. É possível aprender maneiras mais construtivas de lidar com o stress e a ansiedade. E pode ser ainda um processo de apoio em períodos difíceis, como o fim de um relacionamento ou uma doença.
A psicoterapia é um trabalho em equipa, uma vez que paciente e psicólogo trabalham juntos para atingir os objetivos. O ambiente da terapia deve ser acolhedor, e a postura do terapeuta deve ser neutra e sem julgamentos. Só desta forma, será possível que o paciente confie no psicólogo para revelar, sem inibições nem juízos de valor, tudo o que sente, e é essa verdade que permitirá ao psicólogo compreender a pessoa e ajudá-la a compreender-se também e a fazer escolhas que a tornem mais feliz.
Escolhas que não serão naturalmente iguais às dos outros, porque cada pessoa é única e aquilo que a faz FELIZ é algo muito próprio e pessoal.
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