Frequentemente, os conceitos de “empatia” e “simpatia” são confundidos e por isso é importante essa desmistificação. A simpatia é um sentimento de afinidade por outra pessoa, em que se estabelece uma harmonia no encontro com a mesma. A demonstração de simpatia, ou seja, ser agradável e educado com um outro, não implica que haja empatia entre os dois sujeitos, uma vez que pode simplesmente existir uma partilha mútua de valores e interesses. Contrariamente, a empatia, não é simplesmente ouvir e identificar-se com o outro, mas sim a capacidade de respeitar os sentimentos e os comportamentos alheios, de colocar-se no lugar do outro, ou a capacidade de vivenciar o que possivelmente a outra pessoa sentiu, numa determinada experiência. Segundo Thebas, “Para escutar verdadeiramente o outro, é preciso sair da simpatia, que é uma identificação imediata, e ir para a empatia, que exige empenho para entender como o outro realmente se sente”.
É importante referir que a empatia revela ter um papel fulcral na vida dos indivíduos, uma vez que a sua presença, desde a infância, leva a que haja um crescimento e um desenvolvimento saudável. O uso da empatia é importante em qualquer tipo de relações, quer de amizade, quer conjugais, ou quer de trabalho, uma vez que o ser empático é uma necessidade básica e uma forma de o indivíduo sobreviver. Quando a empatia está presente nas nossas relações, tendemos a ter relações mais verdadeiras, genuínas, saudáveis e inteiras.
Por vezes, existe a situação que é “Se um sujeito não é empático comigo, eu também não sou empático com ele”. Na verdade, apesar de um sujeito não ser empático, não merece que ninguém seja empático para com ele. Pode acontecer que esse indivíduo tenha enfrentado problemas e situações difíceis e que ainda não as tenhas superado e isso faz com que a sua capacidade empática esteja bloqueada de alguma forma. Desta forma, é essencial que respeite e entenda a atitude dessa pessoa, em vez de julgar e criticar a mesma, pois essa compreensão pode mostrar a esse indivíduo que não está sozinho.
Dicas para treinar a empatia:
Cultivar a curiosidade sobre o exterior;
Escutar ativamente e compreender as emoções e os sentimentos do outro;
Antes de criticar, é importante colocar-se no lugar do outro para perceber de forma mais ajustada e adequada o comportamento do outro;
Agir para com o outro, como gostava que agissem para consigo;
Caminhe nos sapatos do outro: Imagine que comportamento teria naquela situação específica, se estivesse no lugar do outro;
"Em cada coração há uma janela para outros corações
Eles não estão separados, como dois corpos.
Mas, assim como duas lâmpadas que não estão juntas,
A sua luz une-se num só feixe." – Rumi
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