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Comunicar com as crianças em tempo de Quarentena!


A primeira sugestão passa por perceber primeiramente qual a informação prévia que a criança já possui. A conversa pode fluir através de perguntas ou comentários que a criança faça. Nesta fase é importante aproveitar a oportunidade e lembrar as práticas de higiene e segurança sem a carga obsessiva, mas fazê-los sentirem-se agentes ativos no processo de proteção e combate à propagação do vírus. Muitas vezes esta comunicação pode desenrolar-se através de desenhos, leitura de livros ou outras atividades lúdicas associadas.


Não é aconselhável (mesmo que a ideia seja proteger os miúdos), omitir ou “florear” a situação, até porque eles captam as pistas e sinais seja pelas notícias ou até pelas conversas e desabafos dos adultos que os rodeiam e se percebem que mentimos vão sentir-se mais ansiosos e ou inseguros. Sejam honestos


A criança precisa também de verdade, ainda que claro, com uma informação filtrada e adaptada à sua idade e compressão. Como temos assistido, esta situação é exigente sobretudo porque temos de lidar com o desconhecido e com a imprevisibilidade. Se não soubermos a resposta certa, não devemos inventar. Procuramos a informação credível e transmitimos com a ressalva de que muita da informação disponibilizada na internet muitas vezes carece desta verdade.


Atenção que esta verdade, não é sinónima de contar tudo e todos os pormenores (que até para nós adultos são tão difíceis de digerir). Esta verdade, pode passar também por partilharmos com eles, o que nós próprios adultos sentimos nesta fase, que podem ser emoções negativas é certo, mas fundamentais e normativas.


É fundamental “terminarmos” as conversas e não deixar a meio os temas para não incrementar a ansiedade. Focarmos-nos não só na conversa, mas essencialmente no comportamento não verbal, na expressão facial, nos gestos e no tom de voz (se é o habitual ou angustiado).


Mostrar e falar dos exemplos de entreajuda e solidariedade na comunidade, nos vizinhos ou nas histórias que vão sendo partilhadas pela comunicação social, podem de facto ajudar a lidar de modo mais adequado com a situação. Aproveite esta fase de crise para fortalecer ainda mais os valores que quer transmitir ao seu filho, o respeito por nós e pelos outros.


Em suma, para além de informar, o objetivo é tranquilizar e transmitir segurança: “podes falar connosco sempre que quiseres”, “em casa estamos seguros”, “para te sentires melhor: vamos respirar fundo e imaginarmos um sítio que gostemos muito” ou “vamos escolher algo para fazermos e enviarmos aos avós e amigos”.


Potencie os tempos de brincadeira, livre ou estruturada! Além de reforçar a relação, brincar permite à criança expressar os seus medos, entender sentimentos e aprender a gerir situações novas.

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