O uso prolongado de chucha pode trazer diversas consequências para a criança, tal como foi referido no artigo anterior. O uso de chucha ou não, tem-se tornado um assunto recorrente, pelas diversas consequências desagradáveis que pode ter. Na minha opinião, enquanto profissional de saúde, cada caso é um caso. E, no caso de se optar pelo uso da chucha, deve ter em conta alguns parâmetros na escolha da mesma. Isto porque, o uso de uma chupeta que não respeite a anatomia da boca do bebé, poderá também ser prejudicial do ponto de vista anatómico e funcional.
O que deve ter em conta na hora de escolher a chucha para o seu bebé?
“A chucha deve ser de látex ou silicone?”
Muitos são os pais que colocam esta questão na hora de escolher a chucha. No entanto, não há uma regra certa, sendo que as chupetas recomendadas variam consoante o padrão de sucção do bebé. Assim, para bebés que apresentam um padrão de sucção mais fraco ou que se cansam muito, as chuchas recomendadas são as de látex, por serem mais moles e flexíveis. No caso de bebés que tenham um padrão de sucção bem estabelecido, as chuchas recomendadas são as de silicone, uma vez que são menos flexíveis e mais resistentes.
“Qual o formato mais indicado?”
Nos dias que correm, existem muitas ofertas no mercado, sendo que as melhores são as chuchas ortodônticas ou anatómicas. Estas chuchas têm um formato mais achatado e espessura fina, acabando por se moldar melhor dentro da boca do bebé, ao contrário das chuchas de tetina comprida e redonda. Para além disso, a tetina deve ser fina e macia na zona onde os primeiros dentes irão nascer e o escudo labial deve ser côncavo e com frechas, de forma a possibilitar a respiração nasal.
Deve, também, evitar o uso de acessórios (por ex.: porta-chuchas) enquanto a criança tem a chucha na boca.
Por fim, é importante que adeque a chucha usada à medida que a criança cresce, de forma a proporcionar o melhor conforto e as menores repercussões possíveis a longo prazo.
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