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Antidepressivos: úteis e eficazes no tratamento da Depressão.

Atualizado: 8 de mar. de 2021


À semelhança da psicoterapia, os antidepressivos são elementos chave no tratamento da depressão. Estão indicados para os casos de depressão moderada a grave. Para os casos ligeiros, a primeira abordagem deverá ser a psicoterapia acrescida de medidas de saúde gerais (nomeadamente o exercício físico).


A utilização de antidepressivos tem como principal objetivo o tratamento dos sintomas que acompanham a depressão (a tristeza diária, e com duração a maior parte do dia, o choro fácil, a diminuição do prazer/interesse em atividades previamente prazerosas, a perda/aumento de apetite, a insónia, a perda de energia/fadiga fácil, bem como a diminuição da capacidade de concentração/de pensar ou raciocinar etc.). Os antidepressivos devem ser tomados de forma regular e diária, sendo os resultados obtidos observáveis nas primeiras duas semanas de tratamento (embora este período temporal possa ser superior). O objetivo da sua utilização, para além da remissão de sintomas passa, se possível, pela remissão completa do quadro clínico. Quando obtida a melhoria completa, e no sentido de evitar recorrências, o tratamento deverá manter-se por mais alguns meses (variando de 4 a 9 meses).


Tão importante quanto a toma regular dos antidepressivos, é a necessidade de vigilância e acompanhamento médico de perto. Este acompanhamento permitirá a avaliação da evolução dos sintomas, a necessidade de realização de ajustes de dose e a aferição da existência de efeitos secundários ao tratamento farmacológico. Quanto a estes últimos, são habitualmente ligeiros e limitados no tempo (podendo ir desde cefaleias, diarreia/obstipação até náuseas ou reações cutâneas).


Quanto à escolha do antidepressivo, e uma vez que existem várias classes disponíveis, referir que os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) são considerados uma boa opção de tratamento, e habitualmente de 1ª linha. Apesar disso, a eficácia no tratamento é extensível às restantes classes.


Assim, os antidepressivos são eficazes no tratamento da depressão moderada a grave, e juntamente com o processo psicoterapêutico constituem uma mais valia no tratamento da uma patologia que é comum (afeta mais de 264 milhões de indivíduos a nível mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde) e que cursa com elevado risco suicidário: uma realidade evitável em muitos casos, com o tratamento adequado e atempado.



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