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Amor não correspondido…



Falar de amor é sempre uma tarefa árdua! Se à primeira vista, o amor parece simples e automático, na verdade é um sentimento complexo e que envolve em si mesmo múltiplas emoções.

Estar apaixonado é “estar nas nuvens”, é sentir-se especial e desejado por alguém, aumenta a autoestima e o bem-estar, favorece o sistema imunitário.


E quando o amor não é correspondido? O que acontece a todas as pessoas que, em determinado momento das suas vidas, amam sem serem amadas?


Como psicóloga, ouço muitas histórias que não tiveram finais felizes. E os seus protagonistas passam por momentos de dor e desespero, com crises de choro, ansiedade, insónia, perda de apetite (ou comer sem controlo), irritabilidade e solidão. Por vezes, também momentos de doença física, tal é a depressão do sistema imunitário.

E quando parece que a dor começa a abrandar, podem surgir recaídas, sempre que se ouve “aquela” música ou se passa por “aquele” local.

A pergunta que se impõe é, portanto, o que fazer para voltar ao equilíbrio emocional e à libertação de um sentimento que não traz felicidade… como é que se acaba com o amor?!


Com determinação e tempo!

Para começar, é importante retirar da vista os vestígios da pessoa amada (fotos, mensagens, objetos), pois como diz a sabedoria popular “longe da vista, longe do coração”. Será necessário também um afastamento, ou seja, mesmo que não exista conflito, não é conveniente ser amigo daquele que ainda é olhado de forma romântica. Para “esquecer” é preciso afastar mentalmente, é preciso não ver, não ouvir, não trocar mensagens. É preciso fazer o luto desse amor.

Como referiu Charles Dickens “O amor… medrará durante um tempo considerável num alimento muito ligeiro e frugal”. Pelo que, o mais breve contacto com a pessoa amada, pode reativar o amor.

Dependendo das características de personalidade e dos hábitos anteriores, poderá ser útil, o exercício físico, a meditação, a escrita… qualquer atividade, nova ou já existente, que aumente a autoestima e afaste o pensamento da relação falhada.


E, talvez o mais importante, falar sobre o que se sente! Será sempre pior e mais difícil de ultrapassar a perda de um amor perdido, se a pessoa se isolar, se ficar sozinha na sua depressão. Falar com alguém em quem se confia, um amigo ou um familiar.


Ou aproveitar o momento de dor para evoluir em termos emocionais, com um terapeuta, numa relação privilegiada de partilha e reflexão mútua. Muitos estudos mostram que a psicoterapia pode provocar as mesmas alterações nas funções cerebrais que os antidepressivos.


A recuperação pode não ser tão rápida quanto se deseja, mas acabará por acontecer…

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