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Afinal o que é o amor?



E porque estamos na época do amor (será que essa não deveria ser todos os dias?), dedico um artigo a isso mesmo, Não um artigo romântico, não um artigo de amor, mas um artigo sobre o amor, sobre aquilo que deverá estar na base de uma relação.

Regularmente recebo em consulta casais, ou pessoas com problemas na relação amorosa. Após ouvir a história e dificuldades sentidas, chega a altura de fazer a pergunta que é para mim a base de qualquer intervenção neste sentido:

- O que é para si o amor?

- O que está na base de uma relação dita "amorosa"?

- O que sente por essa pessoa?

Se não visse com os meus olhos talvez não acreditasse na dificuldade que as pessoas têm em responder a estas questões. E quando me respondem, eu própria fico apreensiva e até desiludida, a pensar, "não vai ser fácil". Quando esse "amor" falta, seja lá o que isso quer dizer...a terapia está quase condenada. De que serve fazer terapia onde o essencial já não existe?

Por vezes, não é tanto aquilo que respondem, mas o tom de voz utilizado. Obviamente que não é fácil responder à pergunta "o que é o amor?", por vezes não é uma resposta a isso que procuro. Estou apenas a explorar o que a pessoa sente.

Sabem, por vezes vejo a surpresa nos rostos das pessoas. Como se há já muito tempo não pensassem nisso. "O que sinto por esta pessoa?". Felizmente, às vezes tenho algumas respostas simples e sinceras "não veria a minha vida sem ele/a". Ótimo, então estas sessões têm tudo para dar certo.

O que estará então na base de uma relação?

As pessoas vão respondendo: amizade, carinho, cumplicidade, amor, paixão...tudo correto. Também não imaginariam a quantidade de vezes que se esquecem de algo tão essencial como o respeito. O amor pressupõe respeito. Este deve ser o alicerce de qualquer relação.

Sim, a paixão com o tempo esmorece, mas costumo dizer que, quando isso acontece, das duas uma, ou não fica nada, ou então fica algo mais forte...isso a que chamamos amor...seja lá a forma que usarmos para o definir.

O amor é construído, é alimentado, Não é tão espontâneo como a paixão. Por seu lado, é mais duradouro, é mais sincero, é mais companheiro...pressupõe estar lá, pressupõe ir a correr...mesmo quando todos os outros nos falham.

Palavras...como diz o ditado...leva-as o vento. E muitas vezes é isto que preciso lembrar às pessoas. Podemos dizer e escrever o que quisermos...o que custa? O amor denota-se na prática, no comportamento... Uma relação de amor não pressupõe qualquer tipo de violência...amor e violência são incompatíveis. Não coexistem.

Então, no dia de hoje, no de amanhã e sempre...lembremo-nos daquilo que está na base de uma relação amorosa, lembremo-nos de que o amor se vê na prática mais do que nas palavras. Lembremo-nos ainda que o amor não é fácil, implica discussões, desacordos, lutas, mas nunca falta de respeito ou violência.

Sejamos felizes!


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