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Acha que é a última bolacha do pacote?

Atualizado: 13 de mar. de 2018



Eis o mote para para o testemunho de hoje.

-"Sinto que todos olham para mim, que todos estão atentos a tudo o que faço, sobretudo se errar".

- "Portanto, isso gera-lhe ansiedade, vive com medo da avaliação que os outros possam fazer de si...acaba por usar uma máscara e tentar mostrar uma pessoa diferente daquilo que é."

- Sim. Costumo criticar demasiado os meus colegas de trabalho, não permito que eles errem nem lhes dou uma única razão para me poderem apontar o dedo. Não conduzo por medo daquilo que possam pensar se deixo o carro ir abaixo ou por medo que me buzinem."

- "Ou seja, neste caso, o F. usa uma máscara que faz de si uma pessoa má, quando o seu verdadeiro eu é o de uma pessoa boa".

- Talvez, mas sinto que me irão criticar se erro, sinto que vou na rua e as pessoas estão a olhar para mim..."

- "Oh F., não quero que me interprete mal, mas acha que é a última bolacha do pacote?" (risos).

Passadas algumas sessões...

- "Fez-se um clique no dia em que me perguntou se era a última bolacha do pacote. Percebi que o mundo não gira à minha volta, que as pessoas têm mais que fazer do que olhar para mim e que, na prática, ninguém quer saber se eu deixo ir o carro abaixo ou se eu faço uma pausa para lanchar no trabalho".

Por vezes deparo-me com a força que algumas palavras podem ter. Mesmo quando não me apercebo, as coisas mais simples repercutem-se nas pessoas de uma forma gigantesca e, por vezes, fazem a diferença.

É este o fascínio daquilo que faço...Se foi correto? Não sei, mas senti que poderia funcionar naquela pessoa e naquele timing. Senti que a relação de empatia estabelecida me permitia dize-lo...e ainda bem que o fiz.



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